RÁDIO CULTURA CRATO

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Aquífero descoberto em Iguatu deve solucionar crise hídrica

Após a perfuração de seis poços e testes de vazão de pelo menos 24 horas com liberação regular média de 100 mil litros por hora, geólogos da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural de Iguatu, na região Centro-Sul do Ceará, confirmaram a existência de um aquífero na Bacia da Lagoa do Julião com cerca de 642 km², que se estende a outros municípios.

Desde 2017, o anúncio da existência de um aquífero no Julião, distante apenas 4 km do centro da cidade, tornou-se tema polêmico. O geólogo da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural de Iguatu, Magno Régis Barros de Oliveira foi enfático: "Não tenho medo de afirmar: temos, sim, o aquífero e com bastante água".

Magno não só atesta a existência como antecipa algumas especificidades. "É uma formação de dois milhões de anos, recente geologicamente. Possui material arenoso, cascalho orgânico, argila e depósito de água aluvial e fluvial", explicou. "Enquadra-se na definição de aquífero".

O geólogo da Prefeitura de Iguatu mostra estudo da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) do Serviço Geológico do Brasil que confirma a formação e existência do aquífero de Iguatu. Na área, foram perfurados poços rasos em uma distância média de 150 metros e encontrada coluna de água de 18 metros. A questão polêmica continua, entretanto, acerca da quantidade da água.

Outros estudos devem definir e já há pesquisa em curso realizada pela Secretaria de Recursos Hídricos do Estado incluindo, além de Iguatu, Icó, Orós e Quixelô da formação sedimentar da região.

Quanto à qualidade da água, Magno Régis Oliveira destacou que é excelente e, segundo os testes laboratoriais (exames físico-químicos) demonstraram, apresenta teor de ferro de 0,04 mg/l, bem abaixo do padrão mínimo que é de 0,3mg/l; e de cloreto de 49mg/l, enquanto que o limite é de 250mg/l.

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Iguatu já perfurou na área um total de sete poços e dois atendem comunidades do entorno. "Um desses poços funciona há mais de dez anos com vazão regular de 80 mil litros por hora para abastecer a comunidade de Barreiras dos Pinheiros", observou o geólogo. "Fica localizado na mesma formação do aquífero".

Alternativa

Com base na informação geológica, o Saae de Iguatu já começou a construir um reservatório de 280 mil litros para receber, inicialmente, água de quatro poços perfurados na Bacia do Julião. A obra deve estar pronta em 30 dias.

"A operação do sistema vai depender da instalação de uma subestação de energia elétrica que já foi solicitada à Enel", disse o superintendente do Saae, Edval Lavor. "O projeto já foi aprovado pela empresa concessionária de energia".

Ao lado dos poços, passa a adutora que vem do Açude Trussu responsável pelo abastecimento das cidades de Iguatu e de Acopiara. O reservatório acumula apenas 3% de sua capacidade e a qualidade da água tende a piorar com o passar do tempo. "Em termos de qualidade, acreditamos que o Trussu só tem condições de ser utilizado até o fim de setembro", contou Lavor. "Por isso, queremos usar a água do aquífero a partir de agosto e isolar o Trussu".

Iguatu tem o consumo médio de 700 mil litros por hora. Há o reforço dos poços rasos existentes na bacia do Rio Jaguaribe, cuja oferta deve ser ampliada com a instalação de uma nova adutora de 1.200 metros para a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Cocobó. "Novos poços já foram perfurados e outros feitos a limpeza", explicou Lavor. "Esse projeto está com o Governo do Estado, na SRH, e aguardamos a liberação de recursos para o início da obra". O aquífero deve fornecer 350 m3/h e os poços do leito do Jaguaribe, 400m3/h.

O prefeito de Iguatu, Ednaldo Lavor, corroborou que a região do Julião é rica em água. "Hoje sabemos que esse aquífero dará para atender à demanda urbana". O gestor acrescenta ainda que o aquífero "dá tranquilidade para enfrentarmos a crise hídrica que se aproxima com a perda de volume de água do Trussu".

O geólogo Magno Régis disse que os estudos geofísicos realizados recentemente confirmaram as histórias narradas por produtores rurais de que a região sempre foi favorável à existência de água subterrânea em abundância. "O que a geologia nos mostra é que, no passado, milhões de anos atrás, havia um curso que deixou sedimentos e água", explicou.

Com informações do Diário do Nordeste.

Repórter da Globo é assaltado na Bahia e quase morre carbonizado



Repórter da Globo é assaltado na Bahia

Repórter da Globo é assaltado na Bahia

O repórter Jony Torres, da TV Bahia, afiliada da Globo em Salvador, passou por momentos assustadores na noite desta última segunda-feira (17). O jornalista foi vítima de um assalto na cidade de Acajutiba, que fica a 182 km da capital do estado, Salvador. Ele teve seu carro incendiado quando ainda estava dentro dele, mas conseguiu escapar de algo pior. Repórter da Globo é assaltado na Bahia
Jony estava na cidade porque visitava sua família. Quando chegava no local, ele foi abordado por três criminosos, que anunciaram o assalto. Além do carro, eles queriam o celular de Jony. O jornalista não pôde entregar porque deixou o aparelho em casa.
Revoltados, eles colocaram o jornalista na mala do carro e atearam fogo com Jony ainda no veículo. Ele conseguiu escapar antes do carro ficar totalmente queimado. O caso foi registrado na delegacia da cidade de Esplanada, que atende a região onde pertence Acajutiba.
Entretanto, em entrevista para a Rádio Metrópole, de Salvador, Jony afirmou que a violência do assalto aumentou porque ele foi confundido com um policial militar. Ele também contou que estava na cidade sem se programar, apenas por sentir saudade dos pais.

“Não era para eu estar lá”, diz repórter da Globo

Contudo, ele explicou. “Os caras acharam meu rosto conhecido e um deles, que parecia ser adolescente, achou que eu era policial. Aí me colocaram na mala do carro. Me bateram e ficaram indignados, pois eu estava sem celular. Foi mais agressão psicológico do que física. Fui sem me programar. Não era para eu estar lá”, desabafou o jornalista.

Porém, o jornalista elogiou o trabalho da Polícia Civil e Militar da localidade. Segundo o mesmo, já existem diligencias para encontrar os bandidos que cometeram a violência. “Eles foram muito competentes, prestativos. Hoje já fizeram varias diligências”, afirmou o jornalista. Já nesta terça (18), ele retornou para Salvador.
Vale ressaltar que Jony Torres trabalha na TV Bahia com pautas mais leves. Todavia, ele não deve trabalhar nos próximas dias, por conta da violência que sofreu.

PM DO CEARÁ GANHA QUATRO BATALHÕES DE CHOQUE E ADOTA MODELO DE SÃO PAULO



A estrutura da Polícia Militar do Ceará foi alterada. Na reformulação, o Comando Tático Motorizado (Cotam) deixou de ser uma companhia e tornou-se batalhão. A mudança também ocorre no nome: agora é Batalhão Cotam, que tem à frente o major PM Gerlúcio Vieira. 

O Comando Tático Rural (Cotar), comandado pelo major Antônio Cavalcante, também se tornou Batalhão. 

O Batalhão de Eventos passa a integrar o Comando de Distúrbios Civis (CDC). 

E o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) deixou de ser companhia, tornou-se batalhão e passou a se chamar Batalhão de Operações Especiais (Bope). 

Ainda foram criados na PMCE cargos como a Coordenação Geral de Operações, de onde todas as operações da PM saem. Conforme fonte da Polícia Militar explicou ao O POVO Online, quando existe mudança de companhia para batalhão o efetivo e a abrangência são maiores. O Raio, por exemplo, cresceu e se tornou BPRaio. Houve aumento de efetivo e agora é um grande comando, com atuação em todo o Ceará. 

Como o efetivo aumenta, a PMCE abriu cursos que estão em andamento. É o caso do Curso do Cotar e o curso de patrulhamento urbano. O curso de distúrbios civis terminou no começo do mês. Está previsto, para o fim deste ano um curso de sniper (atirador de elite) promovido pelo Bope. 

Após o coronel Alexandre Ávila assumir comando geral da PMCE, no começo deste ano de 2019, houve transferência de policiais do BPChoque. As mudanças aconteceram para cumprir a modificação determinada pelo comandante geral, que vetou a entrada de policiais que não possuíam os cursos para atuar no Choque. 

Atualmente, o Ceará também tem policiais que terminaram o Curso de Operações Especiais (Coesp), que forma os "caveiras". Esse curso foi organizado pelo coronel PM Aginaldo, que agora está à frente da Força Nacional, em Brasília.


Atribuições e Lei de Organização Básica 

As mudanças na organização da PM foram oficializadas no Diário Oficial e no Boletim de Comando Geral, o último deles de 20 de março de 2019. Além da mudança de Gate para Bope, é definido o papel de outros batalhões: 

O 1º BPChoque da PMCE tem como atribuições o patrulhamento motorizado de alto risco da Capital e Região Metropolitana, segurança pessoal do secretário da Segurança Pública e Defesa Social, do secretário executivo da SSPDS, do coronel comandante da PMCE, do subcomandante geral da PMCE e do diretor de planejamento e gestão interna da PMCE. 

O 2º BPChoque une Controle de Distúrbios Civis, patrulhamento com cães e eventos em todo o Estado. 

O 3º BPChoque, conforme o documento, atua em ocorrências de altíssimo risco, com retomada de reféns, ocorrências com explosivos e gerenciamentos de crises e demais operações de alta complexidade. 

O 4º BPChoque executa o policiamento ostensivo rural de alto risco e atua também com policiamento especializado das divisas do Estado. 

Essas mudanças fazem parte da Lei de Organização Básica da Polícia Militar do Estado do Ceará, que alterou a estrutura organizacional e dispõe sobre os cargos de provimento em comissão. 

São Paulo é referência 

O modelo é similar ao adotado em São Paulo, que tem quatro batalhões de Choque. Lá, o 1º Batalhão de Choque, Batalhão Tobias de Aguiar "Rota", é responsável pelo patrulhamento tático. O 2º Batalhão de Choque, o "Anchieta", é responsável por Comando de policiamento em eventos e Rocam (que atua em motos). O 3º Batalhão de Choque, o "Batalhão Humaitá", responde por Comando de Distúrbios Civis, escolta e Canil. Já o 4º Batalhão de Choque da PM paulista é o Batalhão de Operações Especiais, que possui dois grupos, o Coe, que atua com operações especiais e área rural e de mata, o Gate, que atua com resgate de reféns, ocorrências de bombas e explosivos. Ainda existe o Regimento de Polícia Montada Nove de Junho, que é o RPMon, que seria um 5º Batalhão, mas que não possui essa denominação. 
Por Jéssika Sisnando/ O Povo

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