RÁDIO CULTURA CRATO

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Diretores e 3 PMs são presos em operação após agentes flagrarem freezer 'recheado' com 84 celulares na maior penitenciária de MT

Diretor e subdiretor da unidade sabiam da entrega - Militares enviaram o aparelho que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no estado, segundo a investigação

Polícia esteve em condomínio, no Bairro Coophema, onde mora o diretor da PCE, alvo da operação — Foto: TV Centro América
Polícia esteve em condomínio, no Bairro Coophema, onde mora o diretor da PCE, alvo da operação

O diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, Revétrio Francisco da Costa, o subdiretor da unidade e outros três policiais militares foram presos em uma operação na manhã desta terça-feira (18), em Cuiabá.
De acordo com a Polícia Civil, ao todo, a Operação 'Assepsia' deve cumprir sete mandados de prisão e 8 ordens de busca e apreensão. Além dos diretores e dos 3 PMs, dois presos da PCE tiveram a prisão decretada.
As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) chegaram até os servidores depois que um freezer 'recheado' com 84 celulares foi entregue na PCE no dia 6 de junho.

Celulares estavam escondidos em freezer - Todo o material estava acondicionado dentro da porta de um freezer que foi deixado naquela unidade para ser entregue a um dos detentos.
Equipes da GCCO estiveram na PCE e verificaram que não havia nenhum registro de entrada ou mesmo informações sobre a entrega do eletrodoméstico.
Naquele dia, todos os agentes penitenciários foram conduzidos até a GCCO e questionados sobre os fatos.
No mesmo dia a polícia determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramento da unidade.
Por meio dos depoimentos, da análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos, foi possível identificar e comprovar de maneira robusta que três policiais militares, dentre eles um oficial de carreira, foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares.
Com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o aparelho congelador que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no estado.
A Polícia Civil conseguiu comprovar que no mesmo dia, duas horas antes do freezer ser interceptado, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção.

 Celulares foram apreendidos dentro de freezer — Foto: Divulgação
Celulares foram apreendidos dentro de freezer

No decorrer das investigações ficou constado ainda que o veículo utilizado para a entrega do freezer, na unidade, pertence a outro preso que também é considerado uma das lideranças da mesma facção. Esse preso divide cela com o preso que receberia o equipamento.
Além das prisões preventivas dos servidores públicos e dos líderes da facção criminosa, serão cumpridas medidas de busca e apreensão nas dependências da PCE.
O inquérito será concluído nos próximos 10 dias. Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, corrupção passiva e ainda por facilitação de entrada de celulares em estabelecimento prisional.
Os mandados de prisão foram decretados contra os cinco servidores públicos e dois internos da PCE.
As 15 ordens judiciais são pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foram expedidas depois de representação dos delegados e manifestação favorável do Ministério Público Estado, via o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

Outro lado - A assessoria da Polícia Militar informou que uma equipe da Corregedoria da PM está acompanhando o caso e reúne informações para apurar a denúncia e as prisões.
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) declarou que acompanha a operação.

.pinheirinho.net

Polícia investiga morte de três pessoas em tiroteio e suposta tentativa de assalto

Uma garota, um homem e um menor morreram - Briga de facções seria a verdadeira versão

A jovem Mariana Garcia, 20 anos, foi atingida por vários tiros e morreu no IJF

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga os motivos que teriam causado um tiroteio que deixou três pessoas mortas em Fortaleza há duas semanas. Uma mulher, um homem adulto e um adolescente morreram depois de terem sido baleados durante um tiroteio que se sucedeu a uma suposta tentativa de assalto em um ponto de venda de churrasquinhos.
O crime aconteceu por volta de 23 horas do último dia 5, no bairro Rodolfo Teófilo, na zona Central de Fortaleza. Naquela noite, várias pessoas estavam no local quando um veículo surgiu na esquina e um jovem (adolescente) desembarcou com uma pistola na mão, anunciando um assalto.
De acordo com o levantamento feito pela Polícia no local, no momento em que o criminoso rendia as pessoas nas mesas, um policial militar à paisana reagiu e trocou tiros com o bandido.
Pelo menos, quatro pessoas foram baleadas, entre elas, a jovem Mariana Saraiva Garcia, 21 anos. Ela teria sofrido três tiros e morreu na Emergência do Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro). Nos dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) consta que a morte da garota decorreu de um latrocínio (roubo seguido de morte).

Morreram no IJF - Também morreram no dia seguinte no mesmo hospital, um comerciário identificado apenas por Gleydson, que era gerente de uma loja no Centro de Fortaleza e foi enterrado em sua terra natal, a cidade de Acaraú, e o adolescente que teria anunciado o assalto. Ele foi linchado pelos populares e deu entrada já praticamente morto no “Frotão”. O segundo bandido que dirigia o carro acabou preso.
Testemunhas do caso, no entanto, divergem da versão oficial da SSPDS de que houve um assalto no local. Afirmam que, na verdade, o alvo dos criminosos era mesmo a jovem Mariana, que acabou sendo atingida com vários tiros à queima-roupa. Há suspeitas de que os bandidos já estavam à sua procura e que o crime teria sido motivado por uma rivalidade de facções criminosas que atua no bairro Genibaú (zona Oeste da Capital), onde Mariana morava e foi expulsa, fugindo dali após receber ameaças.

Sem nomes - Outro fato estranho neste episódio é que os nomes do homem e do adolescente mortos não constam na lista das vítimas de Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs), divulgado no site da SSPDS, apenas o de Mariana Saraiva Garcia.

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