Cardiologista e coordenador do Programa de Enfarte Agudo do Miocárdio do Hospital do Coração (HCor), Leopoldo Piegas afirma que a influência de questões emocionais no aparecimento de doenças cardiovasculares já é um consenso na área. "As pessoas mais tranquilas, sossegadas e, aí vai a questão da religiosidade têm uma tendência menor de ter esse tipo de doença", afirma.
O cardiologista pondera que o emocional pode funcionar como gatilho ou desencadear hábitos que prejudicam a saúde. "A pessoa (nessas condições) pode fazer menos exercício ou se alimentar mal", diz.
Segundo José Luís Aziz, diretor de Comunicação da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, estudos já comprovam que estresse e depressão podem elevar de 20% a 30% as chances de doença cardíaca. "Pessoas que perdoam têm menos chance de ter enfarte e, quando têm, é mais leve."
Professor da pós-graduação do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Álvaro Avezum afirma que o quadro de mágoa faz com que hormônios, como a adrenalina, sejam liberados de forma inadequada, afetando o organismo. "Isso pode aumentar a pressão arterial, produzir arritmias cardíacas, trombose", diz.
Menina picada por cobra morre em acidente de carro a caminho do hospital
Uma menina de 11 anos morreu na sexta-feira (21) em um acidente de carro em Confresa, interior do Mato Grosso, enquanto era socorrida após ter sido picada por uma cobra. O pai, que dirigia o veículo, continua internado e sua situação é estável.
Amigos da família contaram ao UOL que Ieda Giovana Rodrigues brincava com a família em casa, sob uma mangueira, quando foi picada por uma jararaca rabo-de-osso. Imediatamente, a menina começou a gritar por socorro. O pai, Simevaldo Rodrigues, de 51 anos, correu para colocar a filha no carro e levá-la ao hospital mais próximo. No caminho, o veículo capotou.
"Ela estava sem cinto e foi arremessada. Foi rápido. Se o carro não capota, ela não teria morrido. Levou uma pancada na cabeça que a matou", relatou Edson Silva Perez, 54, amigo da família.
Segundo Perez, a família mora na zona rural de Confresa, cidade de 30 mil habitantes que fica a mais de 1.000 km da capital Cuiabá.
No momento do acidente, disse o amigo, Ieda e o pai estavam em uma estrada de terra, faltando apenas 3 km para chegar ao asfalto. Depois disso, ainda percorreriam cerca de 50 km até o hospital.
O tio da menina, Tharleano Rodrigues Almeida, contou que toda família ainda está muito abalada. "Minha irmã [mãe da menina] está em estado de choque, estática. Parece que parou no tempo para não acreditar no que aconteceu".
Ieda era a caçula de duas filhas. Seu corpo foi enterrado ontem, no cemitério municipal de Confresa.
O pai da menina está internado no Hospital Municipal de Confresa. Segundo os médicos, o estado de saúde de Simevaldo Rodrigues é estável, mas ele será transferido para Cuiabá, onde deverá passar por cirurgia devido a uma fratura na face.
23,46% dos condutores de Fortaleza usam celular ao dirigir, diz pesquisa
Uma pesquisa do Ministério da Saúde divulgada nesta segunda-feira (24), revelou que Fortaleza aparece em 1° lugar entre as capitais do Nordeste com maior número de motoristas que usam o aparelho celular enquanto dirigem.
Segundo indica o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, uma média 23,46% de condutores fortalezenses afirmaram cometer a infração de trânsito.
Um total de 52.395 pessoas maiores de idade foram entrevistas pelo órgão federal entre fevereiro e dezembro do ano passado. Embora o Diário do Nordeste tenha questionado sobre o número de envolvidos de Fortaleza no estudo, o Ministério da Saúde não encaminhou resposta até a publicação desta matéria.
A capital cearense fica a frente de cidades como São Luís (22,65%), Maceió (22,34%), Recife (20,49%), Teresina (20,27%), Aracaju (19,83%), João Pessoa (19,57%) e Natal (19,30%). Com 14,18%, Salvador teve o menor percentual.
Excessos
Além disso, Fortaleza também ocupa o topo da lista com o maior número de condutores que assumiram receber multa devido a excesso de velocidade nas vias. Conforme a pesquisa, 14,64% dos entrevistados locais afirmaram sofrer a penalidade pela conduta irregular. Salvador (12,7%), Teresina (11,39%) e Natal (11,34%) completam a lista.
Em contrapartida, o estudo constatou que 0,67% de motoristas da capital dirigem após consumo abusivo de álcool, assim ocupando a 4ª posição no Nordeste. São Luís (1,54%), Teresina (1,53%) e João Pessoa (1,25%) apresentam o maior percentual, enquanto o Maceió (0,06%), o menor.
Penalidades
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a multa destinada ao condutor que usa o celular enquanto trafega é de R$ 293,47, acrescida de 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Já quem excede a velocidade em até 20% do permitido comete infração média e recebe multa de R$ 130,16. Entre 20% e 50%, é infração grave e custa R$ 195, 23. A transgressão é considerada gravíssima quando o condutor excede em mais de 50% o permitido, sofrendo pena de R$ 293,47 e suspensão do direito de dirigir.
Com informações do Diário do Nordeste.
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