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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Morre travesti baleada em Fortaleza - Suspeitos são liberados

 A vítima chegou a ser levada para uma unidade de saúde, mas veio a óbito

A vítima possuía um salão de beleza e trabalhava, ainda, com performances voltadas para o público LGBT

Morreu a travesti baleada na madrugada do último domingo (1º), na Avenida Beira Mar, localizada no bairro Praia de Iracema, em Fortaleza. A vítima, identificada como Samylla Marry Windson, chegou a ser atendida em uma unidade de saúde, mas veio a óbito na segunda-feira (2). Dois suspeitos do crime, que haviam sido capturados, foram liberados após prestarem depoimento.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), uma equipe do Batalhão de Policiamento de Turismo (BPTur) chegou a fazer buscas pela região e capturou dois suspeitos. A dupla foi levada ao 13º Distrito Policial (Cidades dos Funcionários), onde foram liberados após um inquérito ser instaurado.
De acordo com a Pasta, a ocorrência foi transferida para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que continuará investigando o caso.

Crimes contra a população LGBT no Ceará - Somente neste ano, contra a população LGBT, foram registrados, no Ceará, pelo menos 32 assassinatos. Os dados são do Centro de Referência LGBT Janaína Dutra (CRLGBTJD), serviço da Prefeitura de Fortaleza.
A Associação das Travestis do Ceará (ATRAC) se manifestou, em nota, afirmando que repudia o aumento da violência contra a população de travestis e transexuais no Ceará, em 2020, e exigiu o posicionamento das autoridades, como a SSPDS e secretarias municipais, em relação aos casos.

PF faz operação contra fraude na construção do hospital de campanha do PV

A apuração policial aponta prejuízos aos cofres públicos superiores a R$ 7 milhões.
A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (AGU), deflagrou a “Operação Cartão Vermelho”, na manhã desta terça-feira (3). A operação decorre de Inquérito Policial instaurado em junho de 2020 para apurar crimes de corrupção, malversação/desvio de recursos públicos federais e fraude em procedimento de dispensa de licitação no contexto do enfrentamento ao coronavírus, na implantação do hospital de campanha montado no Estádio Presidente Vargas.

Estão sendo cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em domicílios de investigados em Fortaleza, São Paulo e Pelotas, no Rio Grande do Sul.O trabalho conta com a participação de 120 policiais federais e 22 servidores da CGU.

A investigação da Polícia Federal apontou indícios de atuação criminosa de servidores públicos da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, gestores e integrantes da comissão de acompanhamento e avaliação do contrato de gestão, dirigentes de organização social paulista contratada para gestão do hospital de campanha e empresários. Na mira da PF, a secretária de Saúde do Município, Joana Angélica Paiva Maciel.

Crimes apontados

A investigação federal demonstrou indícios de fraude na escolha da empresa contratada em dispensa de licitação; compra de equipamentos de empresa de fachada; má gestão e fiscalização da aplicação dos recursos públicos no hospital de campanha e sobrepreço nos equipamentos adquiridos, comparando-se com outras aquisições nacionais sob mesmas condições no contexto de crise pandemia.

A apuração policial aponta prejuízos aos cofres públicos superiores a R$ 7 milhões de reais, tendo sido autorizado pela Justiça Federal o bloqueio desses valores em contas das pessoas jurídicas investigadas. As investigações continuam com análise do material apreendido na operação policial e do fluxo financeiro dos suspeitos.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, ordenação de despesa não autorizada por Lei e organização criminosa, e, se condenados poderão cumprir penas de até 33 anos de reclusão.

Via CN7

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